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Foto do escritorBrenno Zanardo

Leilões Judiciais: Nova Lei Pode Permitir Descontos Abaixo de 50% – Entenda!

Uma nova proposta de lei pode revolucionar os leilões judiciais, permitindo vendas por menos de 50% do valor avaliado em casos específicos. Descubra como isso pode impactar editais, propostas e o mercado de leilões. Saiba mais sobre os critérios de aplicação e o que esperar dessa mudança!


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Leilões Judiciais: Nova Lei Pode Permitir Descontos Abaixo de 50% – Entenda!


O Projeto de Lei nº PL-2485/2024

Apresentado pelo deputado Jonas Donizette, o Projeto de Lei nº PL-2485/2024 propõe uma mudança significativa no Código de Processo Civil (CPC), que pode impactar diretamente o mercado de leilões judiciais. A proposta busca flexibilizar a venda de imóveis, permitindo arrematações por valores inferiores a 50% do valor de avaliação, desde que algumas condições sejam atendidas. Entenda como isso pode funcionar e os impactos esperados.


Clique abaixo para ler a íntegra do Projeto de Lei



O que o PL propõe?

O objetivo principal do projeto é permitir que, após tentativas frustradas de alienação em leilão judicial e em situações onde exista risco de depreciação do bem, imóveis possam ser vendidos por valores menores que 50% do seu valor de avaliação. Atualmente, o CPC considera como vil qualquer preço abaixo desse limite, restringindo a venda de bens nessas condições.



Critérios objetivos: o que diz a PL?

O texto do projeto não especifica critérios rígidos, como o número de tentativas frustradas ou indicadores objetivos para avaliar a depreciação. Em vez disso, deixa a definição desses parâmetros a cargo dos juízes responsáveis e de futuras resoluções dos tribunais. Isso traz flexibilidade, mas também pode gerar interpretações diferentes dependendo do caso.


Impactos esperados

  • Destravar processos judiciais: Facilitar a liquidação de bens após várias tentativas frustradas de alienação, contribuindo para desafogar o Judiciário.

  • Evitar a depreciação de bens: Reduzir perdas financeiras em bens que permanecem por longos períodos sem serem arrematados.

  • Promover segurança jurídica a longo prazo: Embora inicialmente dependa da interpretação judicial, espera-se que os tribunais estabeleçam resoluções para tornar os critérios mais objetivos.



Como deve ser aplicado

  • Via lance:

    • Em situações onde já ocorreram diversas tentativas frustradas ou onde exista um risco claro de depreciação, essa questão poderá ser levantada no processo judicial. A requisição para realizar um leilão com valores abaixo de 50% poderá vir do autor da ação ou ser determinada diretamente pelo juiz. Nesse caso, o edital do leilão já poderá ser elaborado com essa flexibilização, permitindo que os participantes apresentem lances com valores reduzidos.


  • Via propostas:

    • Nos casos de leilões normais, onde o edital não prevê lances abaixo de 50%, mas já foram realizadas tentativas infrutíferas anteriores, será possível que interessados apresentem propostas de arrematação com valores inferiores. Nessas situações, caberá ao juiz avaliar e decidir pela aprovação ou não da proposta.


Momento atual e panorama de aprovação

O projeto de lei tem boas chances de ser aprovado, pois está alinhado com decisões recentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que já reconheceu a validade de flexibilizações em casos semelhantes. Atualmente, o PL aguarda a designação de relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).


Para entrar em vigor, o projeto precisa:

  1. Ser aprovado nas comissões pertinentes, incluindo a CCJC.

  2. Passar por votação no plenário da Câmara dos Deputados.

  3. Ser analisado e votado no Senado Federal.

  4. Receber sanção ou veto presidencial.


Se aprovado e sancionado, a lei entrará em vigor na data estipulada em seu texto.


Opinião

A flexibilização proposta pelo PL 2485/2024 pode ser um avanço significativo para o mercado de leilões judiciais, agilizando a conclusão de processos e evitando a depreciação de bens. No entanto, é essencial que os critérios sejam claros e objetivos, garantindo segurança jurídica e protegendo todas as partes envolvidas.

Embora promissora, a proposta ainda está em fase inicial e terá um longo caminho até sua aprovação e aplicação. Continuaremos acompanhando seu andamento e trazendo atualizações sobre os desdobramentos dessa mudança.


 

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1 Comment

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Bia
Nov 19
Rated 5 out of 5 stars.

Acredito ser uma solução para casos até então não resolvidos. Para o arrematante, pode beneficiar, mas exige atenção, como em todos os outros leilões.

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