Nos últimos tempos, o mercado de leilões tem sido cada vez mais discutido. E não é à toa: com a economia instável e a inadimplência em alta, os leilões se tornam mais frequentes. O tema ganhou espaço na mídia e, claro, o governo resolveu intervir, criando um Grupo de Trabalho para discutir as regras do setor.
Até aí, nada de errado. Mas o que chama atenção é a composição desse grupo: quase todos os integrantes com poder de decisão são leiloeiros. Um mercado enorme, cheio de diferentes agentes — arrematantes, credores, investidores, plataformas especializadas — e quem está ditando as regras? Apenas um lado da mesa.

Leilões na mira: é sobre melhorar ou monopolizar?
E num setor cheio de desafios reais, como burocracia excessiva, insegurança jurídica e falta de padronização, qual foi o grande tema que trouxeram para a pauta? Restringir quem pode atuar no mercado. A prioridade não foi dar mais transparência, mais eficiência ou mais segurança para todas as partes envolvidas. Foi garantir que apenas leiloeiros pessoas físicas possam realizar leilões, excluindo as empresas que vêm trazendo inovação e profissionalismo para o setor.
Ou seja, a intenção não parece ser melhorar o mercado, mas sim fechá-lo para poucos. Em vez de discutir soluções que beneficiem arrematantes, credores e até devedores, o foco parece ser manter a fatia do bolo entre os mesmos de sempre.
O que vocês acham? Esse tipo de medida melhora ou limita o mercado?
Texto: Governo Lula cria Grupo de Trabalho para rever regras sobre leilões. Escrito por: Brenno Zanardo
Este tipo de postura soa como taxistas contra Uber, emissoras contra streamings, etc.